3 - Crianças de diversas etnias apelando por Portugal |
Apesar
de tudo, não bastou apenas uma troca de palavras (colónias por províncias) para
manter os territórios Ultramarinos. Salazar teve que investir em publicidade
que fizesse as pessoas tanto em Portugal, como no estrangeiro, acreditar que as
Províncias Ultramarinas eram de facto parte integrante da nação lusitana.
Nesse
sentido, uma série de periódicos de temática ultramarina começaram a ocupar
páginas de jornais e de revistas, que se esforçavam por alargar o reduzido
espaço que, por vezes, as notícias coloniais ocupavam na imprensa. No entanto
quase todos eles inovaram pouco no modo de transmitir os seus objectivos, sendo
que continuavam a dirigir-se a um público muito específico. Resumidamente, as
notícias continuavam a ser, praticamente, dirigidas para os círculos
ultramarinos. Nas publicações recorriam a tabelas e dados sobre a riqueza
económica das parcelas ultramarinas, com o intuito de atrair potenciais
colonos.
Mas
apesar da economia ocupar um maior volume das páginas, os temas como cultura
dos «indígenas», a beleza das paisagens, as impressões de viagem e as privações
romanceadas do quotidiano dos colonos tenderam a ocupar uma parte
significativa. Foi o Jornal da Europa que, antecipando o que o Estado Novo iria
fazer, combinou a literatura e a propaganda, numa tentativa de cativar os
leitores recorrendo a belas fotografias e ilustrações.
O Estado Novo tentou cativar as populações através da paisagem, dos hábitos, da moral, das estranhas e burlescas tradições, antiquíssimas e ingénuas legendas dos indígenas, a sua mentalidade primitiva, o seu folclore e a sua história oral. Passavam estas mensagens através de belíssimos cartazes de propaganda que divulgavam e prometiam, na sua maioria, um mundo selvagem por explorar; tribos indígenas e culturas para conhecer; paisagens com cascatas ao fundo e vida selvagem no seu meio natural. Levando a, quem visse sem nunca lá ter estado, que a vida do colono europeu em África, estava recheada de acontecimentos incríveis e de aventuras.
O Estado Novo tentou cativar as populações através da paisagem, dos hábitos, da moral, das estranhas e burlescas tradições, antiquíssimas e ingénuas legendas dos indígenas, a sua mentalidade primitiva, o seu folclore e a sua história oral. Passavam estas mensagens através de belíssimos cartazes de propaganda que divulgavam e prometiam, na sua maioria, um mundo selvagem por explorar; tribos indígenas e culturas para conhecer; paisagens com cascatas ao fundo e vida selvagem no seu meio natural. Levando a, quem visse sem nunca lá ter estado, que a vida do colono europeu em África, estava recheada de acontecimentos incríveis e de aventuras.
5 - "Passe umas férias inéditas em África, lê-se no cartaz |
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